sábado, 30 de agosto de 2014

Olá, Meninas!

As Histórias estão ficando cada vez mais encantadoras. Quanta riqueza nestes relatos registrados aqui, que histórias lindas de vida!
É um orgulho poder conhecer e compartilhar um pouco da vida destas pessoas que ajudaram a construir a história de vida de cada uma de vocês. É sempre bom lembrar-se de como é precioso o amor dos avós em nossas vidas e poder compartilhar suas histórias de vida faz parte do Patrimônio Imaterial de nossa existência.
O tema para esta semana, 01/09,   será Educação e Trabalho. Conversem com seus avós como era a educação escolar em sua época, como eram seus professores, lições aprendidas, seu uniforme e outras memórias existentes. Conversem também como cada um ingressou no mundo do trabalho, de que formas isso aconteceu. Cada um certamente terá muito a nos contar.
Lembrem-se sempre: as fotos são importante fonte para enriquecer os relatos.

Bom trabalho!

Beijos, profe Iza. 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Namoro e Casamento
Meus avós só podiam namorar no final de semana, pois durante a semana só trabalhavam. Quando se viam no final de semana, namoravam em casa, nunca saiam, só podiam namorar com os pais juntos. Não se beijavam e nem se abraçavam. Namoraram aproximadamente dois anos e meio e após se casaram. 
Quando se casaram minha avó Dozolina tinha 20 anos e meu avô Raul tinha 21.
O casamento foi simples, teve café na casa da noiva de manhã e almoço na casa do noivo e como não faziam festa, foram há um baile a tarde para dançar e comemorar.
Seus padrinhos e madrinhas de casamento são Lurdes e Fiorenço, e Alcides e Norma. 
Hoje estão casados há aproximadamente 56 anos e são muito felizes, um cuidando sempre do outro com muito amor e carinho.


Namoro e casamento
"O namoro? Ah, o namoro antigamente era aceito somente se estivessem presentes os pais e o irmão mais velho. 
Pra namorar de verdade, devíamos pedir licença para o pai, pois a mãe não resolvia nada.
O namorado pedia a mão da amada, fazendo-a uma serenata ou com um pedido no portão de casa.
E o presente não eram rosas, eram galhos de manjericão, pois era perfumado, mostrando o amor que o rapaz sentia pela moça. 
No casamento era tudo lindo, verdadeiro, um sentimento real naquela época.
Sua festa era tradicional, uma situação familiar. Não cheio de frescuras como hoje. Fui feliz!"

                                                                   Infância e juventude
     "Juventude louca. Era boa, pois aquele tempo podíamos sair em grupos, fazer festas, cantar nos bares na cidade e agora não funciona mais assim. Nos divertíamos sem drogas, bebidas...
      Naquele tempo existia juiz dos menores e não conselho tutelar. Menor de idade não ficava na rua depois das 22:00 horas.
      Fazíamos muitas serenatas para os amigos que estavam de aniversário ou aqueles que ingressavam na faculdade. Muitas surpresas eram feitas naquele tempo. Caminhávamos quilômetros para conseguirmos essas façanhas. Aquela época era saudável. Não existia violência como hoje.
Saudades infância e juventude, saudades."

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Infância e Juventude - Santina e José

Meus avós nunca tiveram uma vida fácil, sempre tiveram que ajudar, seja na roça ou em casa. Relatavam que brincavam das mesmas coisas no pouco tempo que lhes sobrava, pois tinham que trabalhar e quando sobrava algumas horas, a mãe pegava a menina para ensinar a bordar e o pai pegava o menino e ia ensinar a carpir o lote. Meu avô contava que ele e seus irmãos cortavam pinheiros só para ouvir o barulho quando caia ao chão.
Conheceram-se na juventude e logo começaram a namorar, saíam para fazer o "filó", típico da cultura italiana, que até hoje persiste nas comunidades rurais.

Memórias de minha avó - Santina Rebelatto Bessega

Sou Jaqueline Bessega, neta de Santina Rebelatto Bessega, de descendência italiana. Minha avó paterna nasceu na cidade de Cotiporã, na capela de São Caetano, no dia 4 de abril de 1927. Trabalhou sempre como dona de casa e casou-se com 19 anos com José Bessega. A história que minha "vó" contava é que achava que estava grávida, por isso casou-se cedo. Teve 9 filhos, meu pai sendo o homem mais novo, tendo apenas mais uma mulher depois dele. Faleceu no ano de 2011, no dia 10 de maio. Deixou 17 netos e 9 bisnetos, além de seus filhos e seu marido, que veio a falecer pouco tempo depois. Era muito feliz e cuidadosa, e cozinhava muito bem! Sinto saudades dela e ainda tenho todos os chapéus de palha, bonecas e brinquedos que ela fazia pra mim.

Memórias do meu avô - José Bessega

Meu avô, carinhosamente chamado de Béppi por todos, nasceu no dia 4 de julho de 1926, na cidade de Cotiporã, capela de São Valentim. Foi agricultor e carpinteiro. Adorava jogar quatrilho, passando as tardes de domingo no Salão da comunidade de São José, Fagundes Varela, onde mudou-se com minha vó em 1972. Era muito alegre e adorava tomar vinho. Analfabeto, sabia escrever apenas seu nome e fazer contas. Possuía um alambique onde produzia cachaça. Depois do falecimento da minha avó, ficou muito triste, passando por muitos problemas de saúde, mas sempre estando ao lado de seus filhos, netos e bisnetos. Sempre nos deu muito amor e é assim que costumamos lembrar dele. Faleceu no dia 6 de agosto de 2013. Toda vez que conversamos sobre ele, é impossível não nos encher de lembranças boas e saudade.

Infância e Juventude, minha avó Gemi

          Pouco se recorda da sua infância, apenas lembra que brincava com bonecas, poucas já que naquela época não podiam comprar, sempre que se lembra do seu passado, se vê na lavoura, ajudando o pai e a mãe. Lembra-se das idas para a escola, sempre à cavalo, pois não tinha outro meio de locomoção a ser as pernas e os cavalos, ela e seus irmãos apostavam corridas, chegaram a cair na valeta que tinha a 100 metros de chegar na escola e por obrigação dos pais foram obrigados a permanecer sujos até o término do dia letivo. 

      Na sua juventude, teve 2 namorados, não quis revelar o nome do primeiro, só mencionou que este tinha feito um porre na sua casa na frente de seus pais, arrumou briga com os vizinhos e assim, Gemi decidiu deixá-lo. Ficou sozinha até completar 18 anos. Alguns meses depois conheceu José.