sexta-feira, 7 de agosto de 2015

" O Tempo passa e de tudo fica a obra inteira de uma vida !"

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Educação e trabalho - José e Santina Bessega

Meus avós moravam na roça. Meu avó era analfabeto, sabia apenas escrever seu nome e fazer contas, nunca frequentou a escola, aprender a escrever seu nome foi a única forma que lhe foi ensinado algo. Sempre trabalhou na colônia, possuía animais e parreirais de uva. Tinha, além disso, um alambique, onde produzia a "graspa do Bépi", como era conhecida por todos. Sempre trabalhou muito, para ajudar a sua família e para, posteriormente, criar seus 9 filhos.

Minha avó, Santina, também era analfabeta, porém, não sabia escrever nem seu nome. Sempre foi criada para ser dona de casa, onde sua mãe a ensinou a bordar, cozinhar, lavar, passar e todas as funções que exerceu sua vida toda, cuidando muito de todos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Locais de Encontro de Valdomiro Fabi


Quando conversei com meu avô ele mostrou um sorriso largo no rosto. Mencionou as seguintes palavras:

“Eu morava em Santa Catarina. Morei lá por muito tempo, só passava umas semanas aqui em Veranópolis para poder me encontrar com a tua avó. Nós costumávamos caminhar de mãos dadas pelas ruas próximas à praça daqui e íamos à missa na Igreja Matriz.


Sentávamos nos bancos que ainda continuam aqui hoje e ‘namorávamos’. Mas não vá pensar que nós nos beijávamos, como vocês fazem hoje em dia, “pa mor de Dio”! “Nós só conversávamos, nosso namoro era assim e nosso local de encontro era a praça mesmo.”




Centro de Veranópolis antigamente. 


Centro de Veranópolis atualmente.


Valdomiro Fabi.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

LUGARES DE ENCONTRO - DINA DALL'AGO SCUSSEL

"Os encontros das amigas e amigos, na maioria das vezes, eram na Praça da Matriz de Cotiporã. Também, fazíamos piqueniques nas casas das amigas que moravam no interior. Buscávamos frutas, principalmente na época das quaresmas e laranjas." diz Dina.



Construção da Igreja Matriz e praça de Cotiporã por imigrantes italianos liderados pelo Padre Eugênio Medichesqui, sendo inaugurada no ano de 1910.



Atual Igreja Matriz e praça de Cotiporã.

"Sobre o Monumento de Mansueto Bernardi localizado na Praça XV de Novembro, sei que foi construído em sua homenagem. Meu antigo professor, José Mauro, de Cotiporã, falava muito para os alunos do grande escritor que era Mansueto Bernardi" relata Dina.

Monumento - Mansueto Bernardi – Veranópolis - RS

Alice Scussel e Cristiane Frata
Biografia de Mansueto Bernardi: Mansueto Bernardi foi um escritorpoeta e político ítalo-brasileiro.
Veio recém nascido para o Brasil com sua família, que se instalou em Dois Lajeados. Alfabetizado aos doze anos, formou-se professor primário em Montenegro, porém continuou sua formação de maneira autodidataNaturalizou-se brasileiro e lecionou de 1905 a 1907 em Lagoa Vermelha, logo depois, até 1909 em Veranópolis.
Em 1909, passou em primeiro lugar no concurso do Tesouro do Estado, sendo promovido sucessivamente. Chefiou, a partir de 1914, a inspeção de coletorias e da revisão do Imposto na fronteira e centro oeste do Estado, trabalho que projetou sua carreira administrativa. Casou-se, em 1915, com Idalina Mariante da Costa com quem viveu toda a vida.
Foi também redator da revista lítero-social Kodak e do jornal Correio do Povo na década de 1910, no qual colaborou até o fim de sua vida.
Em 1917, foi nomeado oficial de gabinete do presidente da província e, em 1919, secretário da Presidência do Estado. Em 1918 publicou, pela Livraria do Globo, o poema Terra Convalescente. Em 1919 foi nomeado oficial da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, assumindo depois outros cargos públicos.
De 1918 a 1930 foi fundador e diretor da Revista do Globo, administrador da Livraria do Globo e o de um dos fundadores do Almanaque do Globo, juntamente com João Pinto da Silva, crítico, ensaísta e historiador literário. Considerado braço direito de Henrique Bertaso, dono da Livraria do Globo, foi responsável pela divulgação de importantes escritores gaúchos como: Érico VeríssimoMário QuintanaPedro VergaraManoelito de OrnellasVargas NetoAugusto MeyerRui Cirne LimaTeodomiro TostesAthos Damasceno FerreiraDarcy AzambujaRoque CallageRubens de BarcelosAlcides MaiaMoisés Vellinho e Zeferino Brasil. Também selecionava obras de literatura estrangeira para serem traduzidos e publicados no Brasil.
Foi responsável pela contratação de Érico Veríssimo, na época praticamente desconhecido e desempregado, para trabalhar na Livraria do Globo.
Foi nomeado prefeito de São Leopoldo por Borges de Medeiros. Seu mandato foi bem realizado e logo depois foi eleito pelo voto direto. Durante sua gestão construiu a primeira estrada pavimentada do estado, a São Leopoldo – Porto Alegre, conhecida atualmente como Estrada Velha, também realizou obras de saneamento e fornecimento de água potável à população.
Realizou, em 1926, a primeira reunião dos Contos gauchescos e lendas do sul, de Simões Lopes Neto, já falecido.
Participou no movimento que veio a culminar na Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas, de quem era amigo pessoal, à presidência. Participou do governo Vargas, inicialmente como diretor do Serviço Oficial de Informações e Controle de Notícias, foi depois nomeado, em 1931, diretor da Casa da Moeda, tendo elaborado o projeto da criação do sistema monetário nacional, que tinha por base o cruzeiro. Também redigiu a lei que regulava a extração da Loteria.
Aderiu, após a revolução, ao movimento integralista, criado por Plínio Salgado, onde foi membro da Câmara dos Quarenta e, em virtude disso, preso por ordem da ditadura do Estado Novo em 1938. Solto, logo depois foi destituído do cargo de diretor da Casa da Moeda e reintegrado à sua função pública na Secretaria do Interior e da Justiça do Rio Grande do Sul. Aposentou-se logo depois, em 1942, e retornou para Veranópolis.
Afetado por uma doença nos olhos, seu final de vida foi dominado pela falta de visão.

A casa que construiu em 1946, a Vila Bernardi, onde residiu nas últimas duas décadas de sua vida, com sua biblioteca de 3500 livros, é hoje ponto turístico da cidade de Veranópolis.


Informações sobre o monumento

É um busto de cobre
Localiza-se em Veranópolis, Centro;
Do lado direito da Igreja Matriz;
Está de gravata e terno;
É uma laje;
Possui 2 placas na frente e 1 em cada lateral;









segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Praça Quinze de Novembro, Veranópolis –
Monumento Carta Testamento de Getúlio Vargas

A placa traz a réplica da carta testamento de Getúlio Vargas, escrita em 24 de agosto de 1954, momentos antes de sua morte.
A placa esta localizada na Praça Quinze de Novembro, em Veranópolis. Fixada em uma pedra, esta placa tem partes feitas de cobre.
A Carta-testamento é a despedida do político Getúlio Vargas. É desafiadora, agressiva, quase triunfante. É um grito de guerra, uma convocação ao povo para que leve adiante a luta de sua libertação iniciada por ele, Getúlio Vargas. A morte não é vista como derrota, mas como sacrifício redentor, como bandeira de luta. Maciel Filho refletiu o pensamento do presidente sem ter sobre os ombros o peso da tragédia. Nela, a morte do político Getúlio Vargas é uma vitória.

Carta-Testamento
Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.
Não me acusam, me insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário-mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.
Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício nos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia, não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.





Lourdes Manoel Maragno: Os locais de encontro sempre foram na praça, onde os jovens se encontravam para conversar e ter um tempo de lazer para se divertir. Antigamente sempre íamos com a família como até hoje as pessoas vão.

  
Sabrina e Angélica



domingo, 28 de setembro de 2014



Monumento em Homenagem ao tropeiros fundadores da Colônia de Alfredo Chaves -  Ana Paula e Maiara






Descrição do monumento

           O monumento, em sua estrutura, tem base feita com vários retângulos, quadrados e suas demais partes são feitas com formas diferentes, em forma de prismas.
   O monumento é feito totalmente de pedra, tendo as placas que estão ao seu redor, que contêm alguns nomes e data, feita de ferro.

Personalidade representada
                
            Os nomes citados nas fotos abaixo são de participantes da Revolução Farroupilha, que em 1935 vieram para cá e fundaram a colônia de Alfredo Chaves, para se abrigarem. 


Acontecimentos que originaram a homenagem

                O fato de estes homens terem fundado a colônia de Alfredo Chaves, antiga Veranópolis.
Localização
           O monumento se localiza a direita da igreja matriz, como mostra a imagem. Além disso, podemos tomar como ponto de referência a parada de ônibus na praça, que fica quase ao lado do monumento.


                                                                                        

Zeni Fiorentin Cazarotto conta que no passado, o único tempo de lazer que ela tinha, era nos finais de semana, onde ela ia assistir jogos de futebol com seus amigos, ia acampar na beira dos rios, ia em festas nos clubes, nas casas de familiares. Atualmente, ela encontra seus amigos em almoços, na praça, nos clubes que frequenta e em festas.
Ela não se recorda de nenhum monumento que tenha marcado esses encontros, pois ela morou em várias cidades e estados diferentes, inclusive hoje, ela reside em MT.
Monumento ao agricultor - Joana Parise e Vanessa Lora
Função: Homenagear os agricultores e imigrantes.
Traz consigo seu instrumento de trabalho, a enxada, produtos cultivados como o trigo, a uva e o milho.
Está usando roupas simples e eu seu pescoço tem um crucifixo que demostra a sua religiosidade. Possui um olhar sério, centrado.
A estátua foi construída em 1951 em pedra-sabão.
Localiza-se no centro da Praça XV de Novembro, o local é bonito, bem cuidado, arborizado, público de todas as faixas etárias frequentam o local.



Luiz Parise conta que o tempo para lazer era pouco. Os principais locais de encontro nos finais de semana, era nas festas de capelas, casa de familiares e até mesmo na Praça XV de Novembro, na cidade de Veranópolis. Porém, era difícil ir até a praça, pela distância do centro da cidade e sua moradia.
Luiz, lembra do Monumento ao Agricultor e até brinca, chamando-o de "estátua do preguiçoso", por estar parado à tanto tempo!!!! 

sábado, 27 de setembro de 2014

Lugares de encontro - Cleuza Rodrigues Lora

          Aqui onde moro, os locais de encontro sempre foram a praça de Santa Helena e a praia artificial que tem na cidade. São os lugares  onde os jovens se encontram, fazem festa e se divertem. Antigamente, íamos até esses locais para tomar sorvete, comer na pizzaria, tomar banho de sol, conversar,  etc.