"O namoro não era como os dias atuais, não podíamos nem andar de mãos dadas. Nosso primeiro encontro foi em uma festa de capela, em São José da 3ª, município de Veranópolis. Namorávamos apenas nos domingos, e eu (Luís) ia para casa à cavalo. Após 3 meses de namoro noivamos. O casamento foi em um dia de chuva e foi extremamente difícil para chegar até a Igreja Matriz São Luiz Gonzaga. Casamos no dia 14 de dezembro 1957. Os padrinhos do casamento foram Jandira e Edílio Fabbi e Terezinha e Volmar Tomazzi."
O blog Memórias Compartilhadas faz parte de um Projeto sobre as histórias de vida dos avós das estudantes do Curso Normal da Escola Regina Coeli, do município de Veranópolis.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Minha infância e juventude
"Brincavamos eu e minhas irmãs de boneca de milho e de pano,
fazíamos casinha e brincava com terra. Na época perto da casa aonde residia
tinha um rio onde tomávamos banho.
Estudei até 3ª série, porque tinha que trabalhar na lavoura e
ajudar na lida da casa.
Minha mãe não era muito participativa comigo e com meus oito
irmãos, talvez pela criação que teve ou mesmo por falta de tempo.
Lembro-me também que brincavamos de roda com os colegas, de
esconde-esconde. E passeava na casa de todas elas. Lembro também que tinha uma
professora chamada Glória que por inúmeras vezes me colocou de castigo de
joelhos no milho ou no grão de feijão.
Na juventude apaixonei-me pelo primeiro e último amor da minha
vida, eu era italiana ele caboclo, por este motivo meus
pais muito severos que eram não me deixavam namorá-lo. Então sempre fui
decidida, e aos 17 anos fugi de casa, no início foi difícil mas depois viram
que ele era um bom moço e que os ajudou mais que alguns filhos o aceitaram.
Depois disso tudo saímos raras vezes, nós íamos em bailes, em
torneios de futebol e em festas de comunidade, pois trabalhávamos muito."
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Namoro e
Casamento – Valdomiro e Jurema Fabi
Meus avós nunca foram de “tocar” nesses assuntos comigo.
Confesso que quando fui ao encontro deles para tirar minhas dúvidas sobre esse
momento na vida dos dois, eles demonstraram-se receosos. Acho um pouco
engraçado, pois eles não devem se envergonhar de um momento tão belo e cheio de
amor, que foi vivenciado pelos dois.
Tanto minha avó quanto meu avô, sempre foram muito “parados”,
ou seja, sentiam vergonha um do outro, não sabiam como “chegar” para conversar,
coisa que acontece algumas vezes nos dias de hoje.
A “Vó Mema” (apelido carinhoso que dei para minha avó)
mencionou que eles só se comunicavam por cartas e “lá de vez em quando”. Era
muito raro o contato físico entre os dois, por causa da distância. (Meu avô
morava em Santa Catarina e ela aqui, em Veranópolis).
Já, segundo o “Vô Miro” (apelido carinhoso que dei para meu
avô) comentou que a primeira vez que eles se encontraram, depois de 1 ano, foi
3 dias antes do casamento dos mesmos. Dá para acreditar?
Meus avós se casaram e uns 4 dias depois já estavam morando
juntos. Passaram algumas dificuldades, mas o amor prevaleceu! J
“Se um dia passarem por
momentos difíceis, olhem nos olhos um do outro e resgatem o amor verdadeiro que
os uniu. Ele lhes dará forças para superar e seguir.”
- Charline Zaccaria Fabi
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
NAMORO E CASAMENTO - DINA DALL'AGO SCUSSEL
"Conheci Adolfo quando ainda era jovem.
Adolfo Scussel serviu o Exército no que era chamado de Tiro de Guerra, em
Cotiporã. O nosso namoro durou aproximadamente três anos na década de 1940. Eu
era bordadeira e muito bonita. Adolfo era sapateiro e muito inteligente,
conseguindo tirar o 1º lugar no Tiro de Guerra nº 320 de Cotiporã, auxiliando o
Sargento Comandante Filinto Dias nas instruções aos soldados.
O casamento aconteceu na Igreja Matriz de
Cotiporã às 17h e o banquete foi no famoso Hotel Tonial, de Zeferino Tonial, que
serviu um maravilhoso jantar para aproximadamente 100 pessoas. No dia do Casamento,
27 de novembro de 1948, o clima estava ótimo e era um belo dia de sol. Fomos morar
na casa localizada na esquina da Rua Silveira Martins com a Rua Souza Lobo, em Cotiporã. No porão havia a sapataria onde Adolfo produzia maravilhas de couro (sapatos,
botas, cintos, guaiacas...).
Adolfo morreu em março de 1975, com 55
anos." diz Dina, sobre seu namoro e casamento com Adolfo Scussel.
Dina e Adolfo passeando em Cotiporã quando eram namorados.
Namoro e Casamento
Os namoricos de antigamente aconteciam geralmente entre nós, alunas
do Regina e os meninos da escola Divino Mestre quando saíamos da escola, também
quando nos desfiles e ensaios de 7 de setembro. Mas os nossos namoricos, eram
somente de se olhar, ficar do lado, conversar... não era nada como agora que
todo mundo beija todo mundo e um atrás do outro e bom de todos os absurdos que
nós sabemos que acontecem.
Eu comecei a namorar com o Ilírio quando tinha 15 para 16 anos. Ele
fazia parte do aeroclube e passava de avião, “teco-teco” por cima da minha
casa, ficava fazendo piruetas e giros, sendo que a minha mãe saia para fora e perguntava
em italiano quem era aquele louco que estava sempre em cima de casa. Íamos a bastante festas juntos no clube, nos carnavais,
festas juninas, sempre com um grande grupo de amigos.
Nós não íamos na casa um do outro, nem ficávamos dando beijinhos, andávamos
de mãos dadas ou abraçados, mas não era costume ficar “grudado”, era muito
feio. Nos divertíamos muito.
Nos casamos no dia 05\09\1957, tive dois filhos, o pai da Layna,
Fernando Pessin quando eu tinha 24 anos, sendo que ele nasceu no dia 15 de
março e minha filha Daniela Pessin no dia 12 de maio quando eu tinha 30 anos de
idade.
Sou muito feliz, meus filhos sempre foram maravilhoso,
especialmente por me darem os orgulho de ter quatro netos tão queridos e
especiais.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
LUIZA SOTILLI GASPARIN
Luiza Sotilli Gasparin
nasceu no dia 12/07/1926 em Santo Antônio – Fagundes Varela. Filha de Jorge
Sotili e Jovana Demarchi Sotili. Teve nove irmãos: Pedro Sotili, Pierina
Sotili, Guerino Sotili, Dozalina Sotili, Irene Sotili, Reinaldo Sotili, Vilson Sotili,
Fiorelo Sotili e Avelino Sotili.
Morou com seus pais
até os 24 anos e em 1950, casou-se com Arduino Gasparin e mudou-se para São
Valentim – Veranópolis onde ainda permanece morando. Contou-me que morava em
uma casa feita de taquara e barro e era de chão batido. O almoço e o jantar era
quase sempre polenta, queijo e salame. Para comer a famosa polenta, eles tinham
que esmagar o milho com um martelo e como não tinham fogão, penduravam a panela
com uma corrente no teto da casa e acendiam fogo embaixo dela para cozinhar.
Ela lembra também,
que os ovos, eram cozidos nas cinzas do fogo. Luiza trabalhou muito na
infância. Tirava areia dos barrancos e ia até o rio para lavar. Cuidou dos
irmãos mais novos, pois ela era uma das mais velhas. Trabalhou muito na roça,
plantava e colhia trigo, plantava feijão, tirava uva, etc. Dos nove irmãos,
apenas cinco estão ainda vivos.
A “NONA” está com 88
anos agora, e ela diz que ainda está viva, pois todos os dias toma à famosa
“gaipira” (caipira), o copo de vinho e o chimarrão.
Namoro e casamento - Cleuza Rodrigues Lora
Comecei a namorar nos meus 17 anos, quando meus pais descobriram, eles aprovaram pois meu namorado era muito trabalhador. Não saímos de casa por que não tinha lugares onde pudéssemos ir para namorar, namorávamos com a supervisão dos pais.
Depois de 4 meses, estava grávida da minha primeira filha e um mês depois que ela nasceu, me casei, na década de 80. O casamento só se realizou porque a safra de soja naquele ano rendeu bastante dinheiro e assim foi possível cobrir todos os gastos com o casamento.
Foi um dia muito emocionante e lindo na minha vida. Após um ano tive meu segundo filho, após outro ano meu terceiro,após outro ano tive outra filha e então depois de 6 anos, nasceu meu filho mais novo.
Todos nós trabalhávamos na roça e os irmãos cuidavam um do outro.
Fiquei casada por 32 anos, meu marido infelizmente, faleceu em 2012.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Casamento e Namoro - Zeni Cazarotto
“Meu
namoro foi de três anos desde que nos conhecemos, aí casei com 18 anos, e
morávamos em Barra Curta Alta - Constantina. Com 19 anos, nasceu minha primeira
filha, na época morávamos no interior e era bem difícil cuidar dela e ao mesmo tempo trabalhar na roça. Depois de três anos veio
o segundo filho, um homem, e minha sogra sempre me ajudou muito a cuidar deles. Eu e meu marido
gostávamos de assistir jogos de futebol. Era muito bom, e nos divertíamos
muito em família. Também íamos passear.
Hoje
moramos em Campo Verde , Mato Grosso. Vivemos bem, meu marido dirige carretas e
eu cuido da casa. Nossos filhos são já independentes e cada um seguiu seu
caminho.”
domingo, 17 de agosto de 2014
Namoro e Casamento , memórias
Olá, meninas!
Cada vez me encanto mais com as memórias que aqui estão sendo compartilhadas. As histórias que aqui estão sendo registradas tornam nossa aprendizagem significativa em valores, conhecimento de si e das pessoas que estão ao nosso redor, isso enriquece nossa convivência.
Seus relatos estão sendo encantadores, e a escrita de cada uma está tornando este blog um espaço de trocas e valorização das memórias de nossos avós, fazendo assim com que se mantenha viva as vivências de pessoas tão especiais em nossas vidas.
Para esta semana trabalharemos com a temática : Namoro e Casamento. Pesquise com seus avós sobre hábitos ligados a esses temas, suas impressões quanto as mudanças e permanências culturais relacionadas a essa temática em nossa sociedade, e quais as lembranças que eles carregam em suas memórias sobre isso.
Meninas , as fotos são enriquecedoras e ajudam a ilustrar os relatos orais, quem tiver a possibilidade de fazer o uso delas , faça, isso só tornará os relatos mais significativos.
Boa pesquisa, aguardarei ansiosa as próximas lembranças ....
Beijos, profe Iza.
“A gente tem tantas memórias. Eu fico pensando se o mais difícil no tempo que passa não será exatamente isso. O acúmulo de memórias, a montanha de lembranças que você vai juntando por dentro. De repente o presente, qualquer coisa presente. Uma rua, por exemplo. Há pouco, quando você passou [...] eu olhei e pensei, eu já morei ali [...]. E a rua não é mais a mesma, demoliram o edifício. As ruas vão mudando, os edifícios vão sendo destruídos. Mas continuam inteiros dentro de você.”
Caio Fernando Abreu, em Onde Andará Dulce Veiga? (1991 , p. 188)
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