sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Educação e Trabalho
A educação antigamente era muito diferente na escola não existia quadro, e sim pedra, quando precisava a professora escrevia em uma pedra com giz e os alunos copiavam e logo depois ela apagava para escrever novamente. Cada aluno possuía seu próprio caderno.
Não lembro muita coisa, pois não frequentamos muito a escola.
Trabalhávamos muito, por isso não íamos muito à escola. O trabalho era o dia inteiro na roça. Não tinha muito tempo nem para brincar. Ou íamos para roça ou trabalhava em casa.

Resumindo nós trabalhamos boa parte da nossa infância.


segunda-feira, 8 de setembro de 2014


Trabalho e Educação – Lourdes Manoel Maragno

"   A escola era longe casa por isso íamos de a pé ou a cavalo, tínhamos que cruzar o rio. Não se tinha muitas matérias como agora. Naquele tempo não se tinha mochilas ou bolsa como agora, usávamos um saco que açúcar para por o caderno e um lápis. Sempre ajudávamos o  pai na colônia, a fazer tudo: cortar trigo, plantar milho..., quando ganhava dinheiro do pai ia até a cidade para comprar roupa ou algo que precisasse."

Casamento da minha avó Gemi

Seu casamento foi dia 25 de abril de 1959. Gemi tinha 24 anos e José 23. A cerimônia foi realizada na Igreja Nossa Senhora de Lourdes, em Veranópolis, o celebrante foi Sam Priano. Minha avó acredita que a chuva que caía no dia do seu casamento abençoou o matrimônio. No ano de 1973 saíram de Santa Bárbara. Gemi e José tiveram quatro filhos, Élcio, Elda, Elton e Elvo. Para a surpresa da família, Elvo, o filho mais novo nasceu com Síndrome de Down e faleceu quando completou 22 anos. Em 2006, Gemi ficou viúva. Repentinamente José precisou se despedir da família e dos amigos. As palavras que a minha vó mais repete em relação a este acontecimento é: "Descanse em paz, amém." 

domingo, 7 de setembro de 2014

EDUCAÇÃO E TRABALHO: RINEO ANTÔNIO CASSOL E TEREZINHA ALBAN CASSOL


    A educação de antigamente era totalmente diferente comparada com a de hoje, tanto pelo respeito dos alunos, quanto ao jeito de ensinar do professor.
Naquela época tudo era difícil, meu avô tinha que caminhar 3 km para chegar até a escola com seu chinelo tamanco como era chamado o calçado deles. Levantava antes da hora para ajudar seu pai a tirar leite e para conseguir comprar os seus cadernos ele caminhava até a escola trançando os chapéus e sentia-se mal, porque ele tinha colegas com mais condições que não precisavam fazer isso. Estudou até a 3ª série, hoje 4º ano.
   Com minha avó não foi diferente,também acordava cedo para carpir as plantações de milho até a hora do café e depois ia caminhando até sua escola. Lá ela ajudava a limpar o jardim e asim ganhava os cadernos e livros para conseguir estudar, sofreu muito com o que os colegas falavam para ela.
  Tanto na escola do meu avô quanto a da minha avó, os castigos eram puxados, quem incomodava era mandado atrás do quadro e obrigavam a ajoelhar em cima de grãos de milho, algumas vezes a professora batia com a régua nos dedos de quem incomodava, coisa que hoje não acontece mais .
   No trabalho, para os dois, foi sempre a mesma coisa, trabalharam e ainda trabalham na colônia, cuidando de animais e tiravam seu sustento com o leite que era vendido e é até hoje.
   Nesses últimos tempos meus tios estavam pensando em tirar meu avós da colônia, porque agora começam a aparecer as doenças e é longe para se consultarem, mas meus avós nunca irão sair de lá, pois já se passaram 45 anos que vivem ali e não vai ser agora que vão sair deste belo lugar onde marca a vida deste casal até hoje, pois é lá que a família se reúne e a festa vai até amanhecer.  

NAMORO E CASAMENTO: Rineo Antônio Cassol e Terezinha Alban Cassol

  Como era de costume naquela época, alguns domingos eles iam para bailes e festas em honra a sua capela, e foi no meio desses bailes que meus avós se conheceram. Suas famílias eraM amigas e isso tornou mais fácil o namoro dos dois. O primeiro beijo veio a acontecer num jantar dançante, onde cada homem podia escolher com quem dançar, meu avô escolheu minha avó e naquele tempo tinham que recitar uns versos para a moça aceitar a dança e ela deveria responder da mesma forma. Meu avô disse assim:
"Atirei limão verde, por cima de Vacaria, deu no cravo, deu na rosa, deu na moça que eu queria". E minha avó respondeu:
"Com P escrevo paixão, com R escrevo Rineo,dentro do meu coração" e depois disso a dança veio a acontecer e o primeiro beijo foi inesquecível.
  Meu avô conta que ia namorar a cavalo, pois não existia meio de transporte como os carros de hoje, e a distância entre suas casas era grande. Sempre que chegava lá era bem recebido pelos seus sogros, sentava ao lado de minha avó na sala e ficava conversando com meu bisavô sobre o dia a dia. Depois de algumas horas quando já estava ficando tarde, se despedia apenas pegando na sua mão, não se davam beijos na boca perto do meu bisavô, pois era falta de respeito, beijava apenas o rosto e também não podiam "namorar" escondidos.
  Depois de um ano e meio de namoro, meu avô foi servir o exército e por isso se afastaram por 2 anos, mesmo assim nunca deixaram de se amar. Quando ele voltou do exército foi procurar minha vó. Começaram a namorar outra vez e assim foi até brigarem novamente por motivo de ciúmes, mas o amor falou mais alto e foi na terceira tentativa que deu certo, casaram depois de alguns meses, a festa  foi grande, tinham muitos convidados, logo após a cerimônia feita na Paróquia de Ibiraiaras foram passar sua lua de mel na casa do meu avô, que já estava morando sozinho.
  Eu percebo que eles se amam muito, pois construíram uma família bem estruturada, apesar de ter perdido uma filha recém-nascida, hoje continuam com seus cinco filhos encaminhados e dia treze de outubro completarão 45 anos de casados e como disse meu avô: " O QUE DEUS UNE NINGUÉM SEPARA".  
Trabalho e Educação- Ilírio Pessin (Titi)


Os meus primeiros três anos de escola foram na escolinha de Vila Azul. Todas as turmas estudavam juntas e a nossa professora era a Dona Guilhermina Sassi, nós a respeitávamos muito, nunca faltei com respeito a ela. Nós não tínhamos aquela história de ameaças na escola, a professora não batia e nem ameaçava aluno nenhum. Lembro que o meu pai Fioravante Afonso Pessin, ele contava que estudava somente com uma pedra lisa e uma pedrinha branca, então ele escrevia na pedra lisa com a pedrinha branca, depois eles tinham um pedaço de pano velho, apagavam e continuavam escrevendo. 
Bom depois desses 3 anos na escola em Vila Azul meu pai quis me por em uma escola “melhor”, então eu fui estudar nos Maristas, lá eu tinha aula de manhã e de tarde, todos os dias, sendo que eu subia de apé ou de bicicleta, seja no calor infernal do verão ou no inverno rigoroso com palmos de neve. Depois de um tempo meu pai começou a pagar uma mulher e eu ia comer na casa dela, eu e o meu irmão que também estudava comigo. O pai pagava muito bem ela e ela me fazia cada comida, era arroz e polenta quase todos os dias, só isso.
Em casa mantínhamos muito respeito com os pais, era só o pai olhar para a gente que nós já intendíamos. A mãe já era bem mais compreenssível, mais afetiva conosco. Mas na mesa conversávamos bastante, sobre a escola, sobre o dia, o que teve de diferente de especial...
Como tínhamos a fábrica de palhas que foi construída, fizemos muitas casas para abrigar os empregados, então eu com 10 anos já comecei a trabalhar, eu já dirigia a camionete. Eu ia até o Carrascone, que vendia tijolos, carregava, pagava e voltava com a camionete sozinho e ainda descarregava tudo sozinho, além do resto, que o que precisava, me chamavam eu ajudava. Já o meu irmão vivia jogando futebol, e o pai “guai dio pelo futebol né”.

Bom na fábrica de palhas, nós comprávamos carroçadas de palha bruta que vinham da colônia de todas as partes e de todos os tamanhos, formas, espessuras... Quando chegavam aqui, elas eram cortas de diferentes tamanhos, ai eram classificadas pela espessura, por melhores, piores, pelos tamanhos e cores. Então as meninas amarravam as palhas com um brabante em maços de 25 palhas. Elas eram colocadas em uma prensa com era passado papel celofane ao redor e eram rotulados todos os macinhos. Antes de serem despachadas, as palhas eram colocadas, em um local como se fosse uma bote, e la queimávamos enxofre e a fumaça deixava as palhas mais claras e bonitas. Depois todas as palhas eram carregadas em caminhões aqui de casa e a cada 15 dias um caminhão saia carregado para entregar palha em São Paulo, todas palhas só eram mandadas para São Paulo, na fábrica de cigarros que se chamava “Irmãos Caruso".
Também tivemos bastante empregados na fábrica de explosivos que era uma sociedade do pai e mais dois homens. E também na fábrica de tintas automotivas.
Na colônia nós tínhamos criação de porcos e também parrerais de uva Itália e pêssegos que eram todos empacotados na planta com saquinhos de papel celofane para não pegar bichos e nenhuma peste. Os pêssegos e as uvas eram enormes.

Também tinha bastante trabalho na pedreira, e lá fazíamos bastante pedras para moer o milho, usávamos os explosivos da fábrica para explodir as rochas.

Enfim, trabalho era o que não faltava!!!!



Trabalho e estudo de Zeni Cazarotto

Eu estudei na escola Cristóvão Colombo, na linha barra curta Baixa Mun. de Constantina. Comecei a estudar com sete anos, na época tínhamos a cartilha e depois o primeiro ano. Eu era muito estudiosa, e por isso, fiz os dois anos de cartilha em apenas um ano. Completei a quarta série com dez anos e então passei para a quinta e foi aí que parei de estudar. Passaram-se muitos anos e como eu gostava muito de estudar e adquirir conhecimentos, com 51 anos, voltei a estudar. Conclui os estudos até o terceiro ano do ensino médio, e no ano passado comecei a fazer técnico de segurança do trabalho na UNIOK, mas ainda não está concluído.  Além desse, fiz vários outros cursos pelo Senai, como auxiliar de escritório e Administração , informática e pretendo continuar meus estudos.
Quando pequena, trabalhava na roça, e por isso tive que parar de estudar. Após me casar, parei de trabalhar fora de casa, e desde então administro a família e a casa, vendo cosméticos e cuido dos negócios da família.