domingo, 7 de setembro de 2014

NAMORO E CASAMENTO: Rineo Antônio Cassol e Terezinha Alban Cassol

  Como era de costume naquela época, alguns domingos eles iam para bailes e festas em honra a sua capela, e foi no meio desses bailes que meus avós se conheceram. Suas famílias eraM amigas e isso tornou mais fácil o namoro dos dois. O primeiro beijo veio a acontecer num jantar dançante, onde cada homem podia escolher com quem dançar, meu avô escolheu minha avó e naquele tempo tinham que recitar uns versos para a moça aceitar a dança e ela deveria responder da mesma forma. Meu avô disse assim:
"Atirei limão verde, por cima de Vacaria, deu no cravo, deu na rosa, deu na moça que eu queria". E minha avó respondeu:
"Com P escrevo paixão, com R escrevo Rineo,dentro do meu coração" e depois disso a dança veio a acontecer e o primeiro beijo foi inesquecível.
  Meu avô conta que ia namorar a cavalo, pois não existia meio de transporte como os carros de hoje, e a distância entre suas casas era grande. Sempre que chegava lá era bem recebido pelos seus sogros, sentava ao lado de minha avó na sala e ficava conversando com meu bisavô sobre o dia a dia. Depois de algumas horas quando já estava ficando tarde, se despedia apenas pegando na sua mão, não se davam beijos na boca perto do meu bisavô, pois era falta de respeito, beijava apenas o rosto e também não podiam "namorar" escondidos.
  Depois de um ano e meio de namoro, meu avô foi servir o exército e por isso se afastaram por 2 anos, mesmo assim nunca deixaram de se amar. Quando ele voltou do exército foi procurar minha vó. Começaram a namorar outra vez e assim foi até brigarem novamente por motivo de ciúmes, mas o amor falou mais alto e foi na terceira tentativa que deu certo, casaram depois de alguns meses, a festa  foi grande, tinham muitos convidados, logo após a cerimônia feita na Paróquia de Ibiraiaras foram passar sua lua de mel na casa do meu avô, que já estava morando sozinho.
  Eu percebo que eles se amam muito, pois construíram uma família bem estruturada, apesar de ter perdido uma filha recém-nascida, hoje continuam com seus cinco filhos encaminhados e dia treze de outubro completarão 45 anos de casados e como disse meu avô: " O QUE DEUS UNE NINGUÉM SEPARA".  

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